domingo, 7 de abril de 2013

Primeiras impressões narrando Savage Worlds

Dia 06/04/2013 foi o dia que eu tive a primeira experiência prática com o sistema Savage Worlds. Após ler o livro, preparei uma adaptação para o anime Psycho-Pass, e narrei para um grupo de 4 pessoas, todos jogadores experientes mas que nunca tinham tido contato nenhum com o sistema.

Minha primeira preocupação era que nem eu mesma dominava o sistema. Li, reli e li de novo, mas eu sou uma pessoa com memória muito ruim, e mesmo sendo um sistema muito simples, eu não conseguia decorar. Então, eu fiz o que fazia nos tempos de faculdade: fiz um resumo com tuuuudo que eu poderia usar na aventura. Já que estava pronto mesmo, imprimi e deixei cópias disponíveis para os jogadores.


Os jogadores também tinham uma grande expectativa com o cenário. Um deles já havia visto o anime todo, outra, tinha começado a ver mas sabia de tudo por causa dos spoilers, um estava nos últimos episódios, e o último, ainda não tinha visto mas sabia do que se tratava de tanto que a gente comenta. Então, eu não podia decepcioná-los e fiz uma pesquisa bem extensiva na internet, indo até mesmo no site oficial (em japonês) do anime. O tradutor do Google quebrou um galho.

Com um pouco de trabalho, eu fiz uma adaptação para exposição ao stress e aumento de coeficiente criminal, desvinculada dos testes de medo, porque uma característica do anime é que qualquer exposição ao stress causa alterações no Psycho-Pass, então mesmo com sucessos e ampliações, algum resultado sempre existiria. Numa outra ocasião irei publicar essa adaptação, a mesa de ontem me mostrou que ela está incompleta. 

Como eram jogadores que não conheciam o sistema, mas que gostam de fazer coisas loucas durante o combate, eu fiz uma ficha adaptada, inspirada na ficha do Voidstate. Para os NPCs, eu traduzir a ficha do Stuffer Shack. Para criar os mapas, eu gerei um grid usando o site Incompetech. E os avatares para marcadores de combate foram criados com o Anime Face Maker 2

Como era uma mesa em que todos eram iniciantes no sistema, preparei uma aventura para usar bastante as regras básicas, mas sem aprofundar em situações específicas. Não haveriam explosões, quedas, perseguições, situações de fadiga etc. 

Tudo preparado, parti para o jogo, achando que ia me enrolar toda. Mas para a minha surpresa, correu tudo muito bem. Os jogadores pegaram rapidinho o esquema de dificuldade, de dado selvagem, de iniciativa, etc., e vibraram com os olhos de serpente (quem diria). Tivemos de fazer poucas consultas ao livro. Para um primeiro contato com o sistema, o jogo fluiu muito bem.

Todos nós achamos o sistema simples e funcional. Os combates foram rápidos, e pudemos nos concentrar nos dilemas morais e intriga que são a base do cenário de Psycho-Pass. Posso dizer que o sistema não apareceu mais que o cenário durante o jogo, e isso me agradou muito.

Como conclusão final, afirmo que o Savage Worlds está mais que aprovado. Preciso estudar ele mais, pois tenho certeza que comi bola algumas vezes, mas tem tudo para ser o meu sistema para cenários adaptados daqui para frente.

3 comentários:

  1. Olá Graci,

    No que você "comeu bola" com o sistema? Isto é, o que trouxe mais dificuldade pro jogo de vocês?

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  2. Legal. Estava procurando opiniões de outros mestres. Apoiei o financiamento apenas com base nas resenhas que vi pela net, mas não sabia se ia prestar. Agora fiquei ainda mais ansioso pelo SW.

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  3. Show de Bola.
    Tenho certeza que a sessão foi muito boa, como todas as suas de costume!

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